Alguns anos antes de Hubble, o astrônomo americano Vesto Slipher(1875-1969) descobriu, durante a década de 10, que as linhas espectrais da galáxia de Andrômeda mostravam um grande deslocamento para o azul, o que indicava que ela estava se aproximando da Via Láctea.
Ele, então, iniciou um trabalho demonstrando que, das 45 galáxias por ele analisadas, em sua maioria apresentavam um deslocamento para o vermelho, ou seja, estavam se afastando de nós.
Edwin Hubble (1889-1953) e Milton Humason (1891-1972), anos mais tarde, analisaram novamente todas as galáxias observadas por Slipher e chegaram à conclusão que quanto maior à distância entre as galáxias, maior era a velocidade de afastamento entre elas,e que todas as galáxias, simultaneamente, se afastavam umas das outras. Isso ficou conhecido como lei de Hubble-Humason. Os trabalhos de Slipher, Hubble e Humason resultaram em um dos pilares fundamentais do que viria a ser a teoria do Big Bang, a descoberta da expansão do Universo.
A expansão do universo não é uma expansão das galáxias no espaço, mas uma expansão do próprio espaço. É como esticar um tecido com várias manchas azuis, as manchas irão se afastar umas das outras, da mesma forma é com as galáxias, elas se afastam a medida que o tecido(espaço-tempo) se expande. No início acreditava-se que a expansão do Universo se dava de forma constante, e daí surgiu o termo "Constante de Hubble", que é a unidade de medida usada para descrever a expansão do Universo. Hoje em dia, sabe-se que a taxa de expansão do Universo está, na verdade, aumentando, ou seja, o Universo está se expandindo cada vez mais rápido. Atribui-se este fato à Energia Escura, um tipo de energia até então desconhecida pelos físicos e que, acredita-se, compõe 72% do Universo.
A Lei de Hubble pode ser descrita matematicamente pela expressão:
v = H0d
onde:
v - é a velocidade de recessão da galáxia, medida pelo seu redshift;
d - a distância da galáxia e
H0 - é a constante de Hubble;
A unidade da constante de Hubble é (km/s)/Mpc.
Idade do Universo: Podemos fazer uma estimativa da idade do universo, calculando o tempo que as galáxias distantes, movendo-se à mesma velocidade de hoje, levaram para chegar aonde estão. Este cálculo leva em consideração que o Universo se expande à uma velocidade constante, ou seja, o cálculo não é preciso, pois sabemos que a Constante de Hubble está aumentando. A melhor medição feita até hoje foi nos anos 90 e atribui ao Universo uma idade de 13,7 bilhões de anos.
- Consequências do aumento da Constante de Hubble:
Com aumento da taxa de aceleração da expansão do Universo, a famosa Constante de Hubble, acredita-se que o Universo está caminhando para dois eventos inevitáveis: O Big Freeze e o Big Rip, respectivamente.
Primeiro, vai haver a chamada morte térmica, o Universo vai se expandir cada vez mais e a matéria decair e se espalhar. Com o passar do tempo os corpos celestes irão morrer e a formação de estrelas cessar, e graças à entropia, a temperatura do Universo irá caminhar para o zero absoluto(-273°C).A gravidade não vai ser suficiente para manter as galáxias integradas, e então o Universo irá se expandir de tal forma que desintegrará até mesmo os núcleos atômicos. A expansão do Universo não vai superar apenas a gravidade mas também a força nuclear forte, que é responsável pela coesão atômica, e tudo que restará são partículas fundamentais vagando pelo espaço.
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