Por que as estrelas brilham?
Muitos já devem ter se feito essa pergunta, no entanto poucos sabem que o processo que torna possível o vislumbre do céu noturno, é também, responsável pelas temíveis explosões termonucleares da Bomba de Hidrogênio, que é milhares de vezes mais destrutiva que as bombas lançadas em Hiroshima e Nagasaki. Este processo é chamado de Fusão Nuclear.
A Fusão Nuclear é um processo bastante simples, como o nome pressupõe, dois núcleos atômicos se fundem para formar um único, obviamente mais massivo. No entanto, quando os dois núcleos se fundem, a massa do núcleo produzido é menor que a soma das massas dos núcleos iniciais. Este processo é descrito pela famosa equação de Einstein E=mc2, que diz que massa e energia são equivalentes: massa pode se tornar energia, e energia pode se tornar massa. E é exatamente isso que acontece: a massa supostamente perdida nessa fusão é convertida em energia, como consequência há a liberação de fótons.
Este não é um processo que ocorre naturalmente aqui na Terra devido as dificuldades naturais para se aproximar os dois elementos, graças a repulsão elétrica existente entre eles. O que torna possível que este processo ocorra nas estrelas é a alta força gravitacional existente nelas, uma vez que as estrelas são corpos com alta densidade, curvam ainda mais o espaço-tempo ao seu redor.
Quando uma estrela se forma, ela é composta inicialmente de hidrogênio e hélio, elementos formados naturalmente após o Big-Bang - o processo que deu origem ao universo. Devido ao enorme campo gravitacional, os átomos de hidrogênio na estrela colidem e se fundem formando núcleos de hélio. Posteriormente o hélio, colidindo com o hidrogênio e outros núcleos de hélio, vai dando origem aos elementos mais pesados. Essas reações continuam, até que o núcleo de ferro é formado. A partir do Ferro, não ocorre mais fusão na estrela pois o processo passa a ser energeticamente desfavorável, e ela então vai caminhando para o seu fim. As estrelas desempenharam um papel importantíssimo para a existência da vida, pois todos os elementos mais pesados que o lítio na tabela periódica, foram formados nos núcleos estelares, através do processo de nucleossíntese. Se o Universo tivesse uma diversidade química tão pequena(hidrogênio, hélio e lítio) a vida jamais poderia ter se desenvolvido, pois os elementos fundamentais para a vida -carbono, cálcio, sódio, entre outros- são forjados no interior estelar. Somos todos poeira das estrelas.
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